Hoje vou-te contar sobre um sonho que tive, que mudou consideravelmente as circunstâncias da minha vida.
O objetivo é mostrar-te a importância da linguagem e mensagens dos sonhos, que trazem à nossa consciência informação guia muito relevante para o nosso momento presente. É sensibilizar a todos a importância destas vozes que todos temos, mas nem todos escutamos.
As nossas estruturas subconscientes/internas/profundas/alma/espírito/eu superior/(…) expressam-se também através dos sonhos. Como estamos a dormir, em vibrações de baixa intensidade, calma e tranquilidade, há espaço mental para “falarem” as outras personagens que estão em palco, mas que são menos barulhentas, menos dramáticas, que precisam de menos atenção. Acontece o mesmo quando meditamos ou fazemos hipnose. Ouvimos quem raramente fala, mas diz muito sobre o que é importante.
“Mas Cláudia eu nunca ou raramente sonho!” Se queres sonhar mais diz que vais sonhar, até acontecer, todos os dias antes de adormeceres. E regista sempre os teus sonhos. O registo dá-lhes o tempo de atenção que precisam para continuar a acontecer.
Acordei e escrevi logo o sonho para não me esquecer.
Vi-me numa espécie de armazém completamente lotado com todo o tipo de mobília que possas imaginar. Camas, moveis, candeeiros de pé alto, sapatos, globo terrestre, sacos com bolas de natal, molduras, cadeirões, cesto de basquetebol, tudo o que possas imaginar, que preencheria muitas casas. A sala era infinita tanto para a esquerda como para a direita a deixar de ver. Tudo cheio. E quando te falo em cheio, estava tudo tão junto que era muito difícil eu me movimentar. Eu estava ali no centro de tudo, e quando me apercebei, comecei a tentar sair dali. Às vezes tinha que dar uma volta enorme e contornar várias peças de mobília para me deslocar alguns metros em um sentido. À medida que ia andando também me apercebi que a sala não tinha fim. Consegui acercar-me de uma das paredes laterais, mas para a esquerda e para a direita, sempre que caminhava, havia mais extensão de sala e mais mobília a surgir no horizonte. Era como se a luz se fosse acendendo à minha frente e apagando atrás de mim, num mesmo cenário.
O teto era muito alto. Se olhássemos de cima eu me assemelharia a uma formiga, com certeza. A sala era retangular e super super larga. Na minha perceção perto de um km de largura. Era um espaço imenso, cheio de memórias, compromissos, momentos, pessoas, expectativas, …, conectados com aqueles objetos.
Houve pormenores vários, mas o mais significativo foi um pássaro que me acompanhava sempre que me movimentava. Era uma presença atenta, que não entreviu, mas sempre aparecia.
Acordei cansada e logo registei o sonho. À medida que escrevia, e acontece-me muitas vezes assim, chegou-me a conclusão principal do significado do sonho. O que me foi claramente mostrado foi a confusão em que estava. A dimensão do aglomerado que vivenciei ali, mostrou-me que a vários níveis me sentia atolada, sem me conseguir movimentar livremente. Eu já me sentia assim normalmente, mas este sonho foi tão claro que me chocou. Foi como se o meu subconsciente me estivesse a pedir ajuda para agir. Me estivesse a confirmar que estava de facto no limite e que nada de bom, mental ou emocionalmente poderia sair dali, se nos mantivéssemos sem tomar as decisões que precisávamos de tomar.
Depois disto cortei um laço familiar significativo. Mais tarde apercebi-me que era um peso enorme na minha vida, enorme. Claro, logo de seguida sofri bastante, como one does, mas quando me libertei da dor do ego, da falta, da carência, olhei à minha volta e vi tempo de sossego e amizades leves que tinha na minha vida, senti que levantei voo mais um bocadinho. De facto quando ganhamos coragem e nos libertamos do que nos pesa, às vezes sem darmos conta porque já está lá há anos, de repente a nossa disposição para a vida muda.
Um sonho anterior, que se repetiu algumas vezes, de repente fazia todo o sentido. Neste, eu estava dentro de um poço, com um outro ser vestido com um manto preto que lhe tapava todo o corpo e a cara, e que se movimentava à minha volta a todo o instante para eu não fugir.
E não quer dizer que esta pessoa seja aquele demónio, não é, mas esta foi a imagem que as minhas estruturas internas encontraram, para me fazer ver aquilo que eu estava a sentir.
Para finalizar quero deixar-te uma conclusão a que cheguei com tudo isto. Os relacionamentos, principalmente os amorosos, são os que nos levam ao fundo mais rapidamente. Não há relacionamento que pese e nos desequilibre mais, como aquele que temos com @ noss@ companheir@, se estiver em desequilíbrio. Se o outro não quer mudar, não é suposto ficares aí! Não vais conseguir ajudar! É arrogante da nossa parte acharmos que conseguimos mudar os outros, só porque nós queremos mudar. E falta de amor-próprio esperar que isso aconteça. Não estamos ajudar o outro a fazer o trabalho de ambos. E certamente não nos ajudamos a nós. Todos merecemos estar bem, com quem nos aprecie como somos.
A única forma de ajudar outros é através do nosso exemplo. Mais que aquilo que se vê com os olhos é vibração, é alegria que se sente, que move de dentro para fora, aqueles que nos rodeiam quando nos sentimos bem.
Temos que começar a saber separar amar alguém, de querer construir uma vida com alguém. Às vezes são coisas diferentes. Há muitas pessoas que conhecemos e podemos amar sinceramente, mas que têm as vidas delas, que não encaixam na nossa. Se o nosso equilíbrio fica comprometido por estar ao lado de alguém, podemos amar na mesma deixando a pessoa seguir a sua vida. Quem temos ao nosso lado tem que ter mais do que um par de ideias e vontades em comum.
Se estás em dúvida lembra-te que tem que te fazer sentir bem. Não só de vez em quando!
E, o tempo é teu amigo.
Livre viagem alma amada.
Se queres saber o que acontece em consulta de hipnose clica aqui:
Hipnose porquê? – Owning My Time
Cláudia Roque
Hipnoterapia e Aconselhamento
claudia@owningmytime.com
